Época 2015/16

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O cancro do futebol português

O presidente da Liga Portuguesa de Futebol Profissional (LPFP) considera que o movimento de alguns emblemas visando a sua destituição assenta em pressões do operador que detém os direitos de transmissão televisiva da grande maioria das equipas.

"O que está em causa é que estamos a chegar ao mês de dezembro - altura em que o operador [Olivedesportos] paga a primeira prestação [dos direitos televisivos] aos clubes relativos à época em curso - e os clubes estão numa situação de estado de necessidade perante esses pagamentos", disse esta terça-feira Mário Figueiredo, à margem de um seminário em Lisboa sobre "Direitos Televisivos no Desporto".

O presidente da Liga de clubes defende que a capacidade de negociar coletivamente os direitos televisivos dos clubes de futebol profissionais deve estar centralizada na estrutura que dirige e apresentou em outubro do ano passado uma queixa na Autoridade da Concorrência contra a situação atual no futebol português.

Vários clubes de futebol das ligas profissionais reúnem-se hoje no Porto para concertar posições com vista à destituição do atual presidente da LPFP.

Mário Figueiredo diz que neste momento "está a haver uma certa pressão do operador em relação aos clubes", sobretudo sobre aqueles que estão mais próximos das posições da Liga, atrasando pagamentos ou substituindo as transferências de soma por letras.

"Aquilo a que estamos a assistir neste momento é a medidas desesperadas por parte do operador, que (...) está a fazer pressão junto dos clubes, nomeadamente a alguns clubes que estão mais do lado da Liga, que em vez de cheque ou dinheiro são pagos em letras", exemplificou Mário Figueiredo.

Para o presidente da Liga, o operador tem prejudicado os clubes que estão próximos da Liga "em relação a outros que podem estar a servir de ponta de lança dos interesses do operador".

O dirigente da Liga reiterou que os direitos de transmissão televisiva dos clubes em Portugal repercutem-se num volume de negócios que ronda os 150 milhões de euros, dos quais menos de metade chega aos clubes.

"Os clubes na sua globalidade estão a receber 60 milhões. Não é aceitável que os clubes sejam espoliados de dois terços das receitas que andam à volta do futebol. Foi o facto de ter posto o dedo na ferida e ter demonstrado publicamente estas contas que criou esta situação. Obviamente, é difícil para os clubes morderem a mão que ainda os alimenta", concluiu.(in Record)

1 comentário:

nunomaf disse...

è isso mesmo Manuel. Isso mesmo.

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