Normalmente gosto de ler as crónicas de José António Saraiva.
Será que ele tem razão no que diz?
«A equipa do Benfica que ganhou o título há quatro anos tinha 8
sul-americanos, entre brasileiros, argentinos, um uruguaio e um
paraguaio.
A equipa que foi à última final da Liga Europa
tinha 7,5 sul-americanos (considerando que Rodrigo é metade espanhol e
metade brasileiro).
A equipa-base do Benfica na próxima época
ainda não se sabe como será, mas uma coisa é certa: terá menos
sul-americanos e mais sérvios. E só isso pode mudar por completo a
história.
Dos sul-americanos aos sérvios vai um abismo. Uns
são em geral baixos e fisicamente franzinos, os outros altos e
possantes. Uns são rendilhados e dotados tecnicamente, os outros são
lineares e objetivos.
É claro que o dedo de Jesus estará lá – e
por isso o padrão de jogo não será muito diferente. A verdade é que, no
passado, Jesus conseguiu fazer de um punhado de sul-americanos uma
equipa intensa, rápida e capaz de se impor na Europa.
Mas
nesta época a música será outra. Quer se queira quer não, os 4 ou 5
sérvios que podem integrar a equipa principal dar-lhe-ão mais
objetividade, mais poder físico e mais altura.
Já lá vai o
tempo em que olhávamos para a equipa do Benfica e víamos um conjunto de
anões ou aparentados: Maxi Pereira, Aimar, Saviola, Salvio, Gaitán,
Fábio Coentrão. Neste aspeto, a equipa vai crescer uns bons centímetros e
aumentar uns quilos.
E se a isto acrescentarmos a saída de
Cardozo e a possível inexistência de um avançado fixo, tipo poste,
teremos mais um fator a mudar o futebol encarnado.
Prevejo
para esta época um Benfica “à Jesus”, mas com uma dimensão menos
artística e mais objetiva. Não é indiferente ter intérpretes
sul-americanos ou sérvios.»
3 comentários:
Concordo. Mas os melhores sul americanos continuam. Por isso não vamos perder em técnica. Vamos ser mais europeus mas com a mesma técnica.
Impressão minha ou andam a desprezar o benfica na sporttv?
Pelo que vi hoje são miminhos para o porto e miminhos para o sporting!
... pois, parece que Cortêz veio. A sua crítica, sff.
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