Época 2015/16

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Porque será que agressões a jornalistas é sinónimo de FCP?

No final do jogo entre o Belenenses e o Futebol Clube do Porto, João Fonseca, jornalista da Rádio Renascença, terá sido agredido por Rui Cerqueira (na foto), diretor de comunicação do FCP. Vários camaradas seus foram testemunhas desta agressão, entre os quais um jornalista da TSF. Os repórteres procuravam ter reações de Helton e Rui Cerqueira, que é ex-jornalista, decidiu intervir. O próprio garante que terá sido empurrado e agarrado depois de dar ordens para não haver declarações. Uma horda de jornalistas a bater num diretor de comunicação para conseguir declarações de jogadores. Já ouvi histórias mais credíveis, mas no futebol tudo é possível.

A acusação de agressão a jornalistas, seja por seguranças, seja por adeptos, seja por dirigentes, é um clássico em jogos em que o Porto esteja envolvido. Nunca se ouviu da boca de Pinto da Costa uma palavra de condenação. Achou sempre mais interessante fazer piadas. Quando uma vez foi confrontado com o tema, respondeu: “Vou montar um hospital lá nas Antas, porque com tantos feridos isso é capaz de ser um bom negócio”. Muitos risos. Não é grave. O Estado de Direito, já se sabe, fica à porta dos estádios.

Mas apesar de o “guarda Abel” ser um símbolo à memória da arbitrariedade e da impunidade no futebol, seria injusto ficar-me pela relação obviamente difícil que o Porto mantém com a liberdade de imprensa. Esse mal é bem mais abrangente. Não se mede apenas por situações mais radicais, como insultos e agressões. Vê-se nos blackouts, nas interdições seletivas de entrada de jornalistas em estádios e em intimidações várias. Por eles são responsáveis os dirigentes dos clubes e uma justiça permissiva. Mas também uma classe de jornalistas incapaz de mostrar laços de solidariedade, demasiado temerosa da popularidade dos dirigentes desportivos e, em alguns casos, promíscua na sua relação com os clubes. Não é preciso imaginar o escândalo que seria se um qualquer jornalista fosse agredido por um dirigente partidário. O movimento de solidariedade entre jornalistas que tal provocaria... Pois está na altura de os jornalistas desportivos se verem como merecedores do mesmo respeito. Boicotando coletivamente, se preciso for, qualquer clube que ponha em causa a sua segurança. (Daniel Oliveira, in Record)

4 comentários:

Manuel disse...

Faz parte da sua estratégia de domínio, dominar pela força se preciso for.

Ameaçam, fazem chantagem, insultam, agridem, tudo serve para colocar quem eles não gostam ou quem não fazem como querem na ordem. Este comunicado sobre a estátua do Cosme Damião mostra bem o regime ditatorial que são.

E a verdade é que têm sido bem sucedidos neste país de cobardes e de gente menor. Não conheço um povo tão cobarde como o povo português.
Em qualquer outro país da Europa - em qualquer! - isto nunca seria permitido e seria imediatamente denunciado.
Em Portugal é abafado por todos!



padroneloamarantemaisquetudo disse...

Para bem da profissão e da informação era bem melhor que fossem capazes de dizer basta aos bastardos provincianos e complexados. Era a única forma de se fazerem respeitar

Anónimo disse...

Quando mete agressões de jogadores dirigentes do futebol clube do Porto é tudo arquivado e esquecido o sistema funciona e está bem oleado.

Anónimo disse...

Enquanto não lhes pagarem na mesma moeda e lhes rebentarem a boca também isto não muda...

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