Época 2015/16

Época 2015/16

Finalmente começam a perder o respeito ao "papa"

Não é normal no mesmo dia e no mesmo jornal dois artigos cujos autores atacam os azuis e o seu presidente, daí o meu título.
Senão leiam:
«Os jogos do FC Porto ameaçam tornar-se impróprios para cardíacos. No sábado, contra um Marítimo desfalcado, os adeptos estiveram com o credo na boca até ao último segundo. O golo salvador só surgiu ao soar do gongo, ainda por cima fruto de um penálti discutível.

Como se isto não bastasse, é hoje raro um jogo do FC Porto em que não haja uma polémica. Agora, foi o atraso na entrada da equipa em campo. E, não sendo isso que fez o Porto ganhar, cheira a expediente manhoso.

Não pode ser por acaso que, num jogo obrigado a começar à mesma hora de outro por estar em causa o apuramento na prova, uma equipa se atrasa a entrar em campo.

Durante o polémico jogo de sábado, as câmaras da TV focavam com insistência Pinto da Costa. Lá estava ele, qual figura tutelar, a presidir ao espetáculo. E acredito que a sua presença no estádio tenha alguma influência nos jogadores e até nos árbitros.

Vendo-o ali, os jogadores portistas inquietar-se-ão: “O que irá ele fazer-nos se não ganharmos?”. E a verdade é que se batem até ao último minuto, nunca atirando a toalha ao chão. Foi assim contra o Marítimo, foi assim contra o Benfica, no célebre jogo do golo de Kelvin.

E também os árbitros serão sensíveis à presença do patriarca nortenho. Pelo menos, terão os maiores cuidados para não prejudicar o FC Porto. Mesmo admitindo que aquele penálti foi penálti, se fosse ao contrário é muito possível que não tivesse sido assinalado.

No sábado, lá estava o velho presidente, sentado no camarote ao lado da sua jovem namorada, como se estivessem num pedestal. Apesar de o jogo ser impróprio para cardíacos, e de ele próprio ser um doente cardíaco, aguentou firme. Aguenta sempre. Pois pensa que, se não estiver ali, as coisas ainda correrão pior.

Ninguém pode dizer que foi Pinto da Costa, com a sua velha manha, a dizer à equipa para se atrasar na entrada em campo. Mas uma coisa é certa: indiferente aos males do coração, o velho presidente continua a sacrificar-se pelo seu FC Porto e a ditar as leis. Vejamos até onde a equipa – e os árbitros – continuarão a corresponder aos seus sacrifícios.» (José António Saraiva, in Record)

«É notório que o FCPorto tem um problema de gestão do tempo quando se trata de participar na Taça da Liga. Há cerca de um ano, a Comissão de Instrução e Inquéritos da Liga entendeu que os portistas deviam ser excluídos da competição exemplarmente conhecida como “taça da cerveja” (designação do tempo em que ainda um patrocinador principal), por terem utilizado três jogadores de forma irregular.

Fabiano, Abdoulaye e Sebá não descansaram então 72 horas entre a participação num jogo da equipa B e o último compromisso da fase de grupos da Taça da Liga, frente ao V. Setúbal, como foi entendimento dos inquiridores, pois só tinham passado efetivamente 71 horas e 45 minutos. Todas as evidências apontavam para a desqualificação do FCPorto. Todas? Não! Uma omissão no texto da lei, que se aplicava apenas aos jogos das 1.ª e 2.ª Ligas, mas não citava a Taça da Liga e a Taça de Portugal, salvou a máquina portista nos conselhos de Disciplina e de Justiça e evitou um “levantamento de rancho” no Dragão, que encurtaria os “largos dias” que “têm cem anos”, obra do grande chefe Pinto da Costa.

Desta vez não estão em causa 15 minutos, mas 2 minutos e 45 segundos, um atraso que permitiu ao FCPorto saber como tinha acabado o Penafiel-Sporting e assim carregar no acelerador na compensação, até atingir o conveniente resultado de 3-2. Com uma diferença fundamental: se antes o que salvou os dragões foi um buraco na lei, desta vez é preciso produzir prova que ateste o dolo, a intenção de prejudicar o adversário com o atraso, que pode até ser justificado cientificamente com uma descalibragem da Terra nos seus movimentos, capaz de provocar diferenças de fuso horário entre a cidade de Penafiel e o bairro das Antas! Uma diferença para aí de 2 minutos e 45 segundos, vá lá!

É óbvio que a Liga – e os delegados nomeados em particular – tinha a obrigação de cuidar, em 2013, da ficha do FC Porto-V. Setúbal, de modo a evitar a utilização de jogadores que tinham descansado menos de 72 horas entre jogos; e de garantir, em 2014, que o FCPorto-Marítimo começava à mesma hora do Penafiel-Sporting (fosse qual fosse o fuso horário!). Mas não o fez, expôs às claras a falência da sua credibilidade e mais uma vez permitiu que alguns podres do antigamente voltassem a minar o sistema. E, coincidência ou não, nos dois jogos em que as “cebolas” portistas entraram em disfunção antirregulamentar, um dos delegados repetiu presença no Dragão, o que faz perguntar: por que são sempre os mesmos, os azarentos e os prevaricadores? Ou são outra coisa?» (António Varela, in Record)

2 comentários:

Trapalhadas disse...

Eles estão a começar a sair da toca...

Anónimo disse...

São sempre os mesmos, porque a impunidade também é sempre a mesma!

Miguel

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