Quando o mestre da táctica surpreende o professor

Acabou há pouco o tão aguardado clássico Benfica-Porto com vitória do Benfica por 1-0.
Ninguém esperava a inclusão de Urreta no onze do Benfica, um jovem internacional sub-20 uruguaio que ainda não tinha feito nenhum jogo a titular esta época portanto sem ritmo competitivo e isso notou-se na 2ª parte em que acabou sendo substituído. No tempo que jogou, não só não permitiu as subidas do compatriota Fucile, como lhe deu um "banho de bola".
Que agradável surpresa. O V. Setúbal que andava a tentar o seu empréstimo a partir de Janeiro, depois deste jogo já não deve ter sorte.
Apesar de condicionado com lesões e castigos, o Benfica foi ligeiramente superior ao Porto e isso ficou comprovado em tempo de posse de bola, cantos e até oportunidades mais flagrantes.
Com a falta de ritmo competitivo de Urreta e Carlos Martins, mais a situação física precária actual de Ramires, o Benfica lutou com as armas disponíveis e lançou mão a meio da 2ª parte de soluções de recurso que deram conta do recado, Weldon na esquerda do ataque não sendo um flanqueador deu muito trabalho à defesa do Porto graças à sua velocidade e força, Luis Filipe que também quase não tinha jogado até agora, substituíu Ramires e Felipe Menezes entrou para o lugar do também sem ritmo devido a lesão, Carlos Martins que fez uma 1ª parte de luxo.
O Porto começou melhor o jogo, num ritmo muito elevado encostando o Benfica, mas foi perdendo gás e acabou dominado nos últimos 30 minutos, sendo nessa altura que surgiu o golo de Saviola que deu a vitória. Entrou novamente melhor na 2ª mas o seu meio campo nunca conseguiu controlar o jogo, devido à garra dos benfiquistas e do apoio dado ao sector por Saviola que acabou sendo o melhor em campo.
Sobre o árbitro Lucílio Baptista, não conseguiu agradar a ninguém. Perdoou um penálti para cada lado e no capítulo disciplinar também deixou a desejar.