O mediatismo tal como o
entendemos nos dias de hoje, é uma palavra com diversas leituras e
correspondências em função do que e de quem está envolvido, dos factos
que lhe dão origem e substância e, naturalmente, do interesse que desperta nos media tendo em conta o interesse do público que os alimenta. Basta ver as constantes telenovelas
desportivas que com cadência ritmada surgem à luz do dia e ocupam o
dia a dia dos adeptos e simpatizantes dos clubes, sobretudo se os
episódios disserem respeito a desgraças dos clubes rivais.
Ao abrigo disso o Benfica é um eterno candidato e sujeito à acção mediática essencialmente pelo seu gigantismo e pelo interesse que concentra em si próprio, e também por falhas e erros próprios de uma estrutura composta por milhares de pessoas. E, para além disso, porque, ao contrário de outros, a palavra e a opinião são livres de ser exprimidas e não estão sujeitas a crivos de censura. Naturalmente que essa essência democrática é saudável porque respeita as tradições seculares do emblema da Luz, mas como é óbvio existe a faceta contrária que dá origem a alguma devassa e ao constante fomentar de polémicas ateadas por interesses exógenos e sempre prejudiciais a quem tem a responsabilidade de governar o clube.
De uma forma geral sempre foi assim porque antes de tudo o mais a inveja e a tacanhez de espírito são sempre más conselheiras e, se olharmos para o pós-revolução de Abril, observamos que esse factor foi ultradimensionado por forças alheias ao Benfica como base para alcançar o poder num primeiro tempo, e depois mantê-lo e consolidá-lo na fase posterior. Mas não só; Quanto maior é a nau mais apetecível se torna, existindo a tendência para aventureiros de ocasião travestidos com doses maciças de benfiquismo acompanhadas de roupagem democrática, anunciando êxitos sem precedentes, ou prometendo uma qualquer ruptura num tabuleiro que os benfiquistas abominem. Foi assim que chegámos à era João Vale e Azevedo que nunca é demais recordar.
Daí que para além de ter que lutar contra um poderoso conjunto de interesses alheios solidamente instalados, quer nos meandros desportivos quer na própria sociedade, o Benfica tem que estar permanentemente vigilante com o seu próprio universo, porque sendo um clube democrático existe sempre a possibilidade de ser desestabilizado a partir do seu interior onde existem pequenas franjas radicais telecomandadas, cujo objectivo é promover e manter alguma agitação para manter activa e na ordem do dia a contestação ao Presidente e à Direcção. E já a esta que acaba de ser eleita.
É evidente que o direito ao contraditório faz parte dos genes do Benfica que para além de ser salutar, é imprescindível para alertar a Direcção sobre determinadas atitudes ou matérias em que eventualmente possam cometer deslizes. Há pois a oportunidade de tentar fazer aplicar a máxima tão insistentemente apregoada de que ‘O Benfica é nosso’. A questão fundamental que se levanta não é discordar nem criticar porque isso é um direito inalienável dos associados, mas essencialmente a forma como é levada à prática e, sobretudo, nos locais onde é feita.
Porque com alguma frequência assistimos a cenas perfeitamente evitáveis e que em nada ajudam o Benfica e exercem um efeito perverso que apenas e só favorece os nossos adversários e inimigos. Justamente por isso, os seus autores deveriam parar para pensar e definir se é esse o objectivo que perseguem e, se chegarem a essa conclusão efectiva, então terão de se questionar a si próprios se estão no clube certo e que corresponde aos seus legítimos anseios e aos seus objectivos.
A escassez de títulos no futebol profissional se compararmos com o passado glorioso do Benfica, é um facto iniludível e reconhecido por todos os benfiquistas. E os erros e estratégias que demonstraram estar errados também por uma boa parte, sobretudo por aqueles (como nós), que estando de fora, mesmo que tenham a tentação, nunca os cometem. Mas estarmos sempre a focalizar e a desculparmo-nos com o passado para justificar e verberar o presente não nos parece de facto a melhor estratégia para alcançar um futuro que seja risonho e venha de encontro aos nossos anseios e desejos de obtenção de vitórias continuadas, que ao fim e ao cabo é aquilo que todos desejamos.
Caminhamos para uma das fases importantes da época, quiçá mesmo decisiva, tornando-se mais do que nunca necessário que os benfiquistas reflictam. Acabou de tomar posse uma Direcção legitimada por 83,02% dos votos dos benfiquistas pelo que não se justifica, neste momento e para já, focos de contestação ou mediatismos escusados. Há que aguardar pelo desempenho da Direcção para a poder avaliar, mas por ora a equipa profissional de futebol está numa fase que pode vir a ser complicada e é altura de todos canalizarmos as nossas energias para apoiá-la por forma a que possa alcançar os seus objetivos de seguir em frente em todas as provas. Logo, não nos devemos dispersar com outros factores que possam contribuir para desviar as atenções do primordial. É pois altura de todos os benfiquistas pensarem nisso. (in Benfica.COM)
Ao abrigo disso o Benfica é um eterno candidato e sujeito à acção mediática essencialmente pelo seu gigantismo e pelo interesse que concentra em si próprio, e também por falhas e erros próprios de uma estrutura composta por milhares de pessoas. E, para além disso, porque, ao contrário de outros, a palavra e a opinião são livres de ser exprimidas e não estão sujeitas a crivos de censura. Naturalmente que essa essência democrática é saudável porque respeita as tradições seculares do emblema da Luz, mas como é óbvio existe a faceta contrária que dá origem a alguma devassa e ao constante fomentar de polémicas ateadas por interesses exógenos e sempre prejudiciais a quem tem a responsabilidade de governar o clube.
De uma forma geral sempre foi assim porque antes de tudo o mais a inveja e a tacanhez de espírito são sempre más conselheiras e, se olharmos para o pós-revolução de Abril, observamos que esse factor foi ultradimensionado por forças alheias ao Benfica como base para alcançar o poder num primeiro tempo, e depois mantê-lo e consolidá-lo na fase posterior. Mas não só; Quanto maior é a nau mais apetecível se torna, existindo a tendência para aventureiros de ocasião travestidos com doses maciças de benfiquismo acompanhadas de roupagem democrática, anunciando êxitos sem precedentes, ou prometendo uma qualquer ruptura num tabuleiro que os benfiquistas abominem. Foi assim que chegámos à era João Vale e Azevedo que nunca é demais recordar.
Daí que para além de ter que lutar contra um poderoso conjunto de interesses alheios solidamente instalados, quer nos meandros desportivos quer na própria sociedade, o Benfica tem que estar permanentemente vigilante com o seu próprio universo, porque sendo um clube democrático existe sempre a possibilidade de ser desestabilizado a partir do seu interior onde existem pequenas franjas radicais telecomandadas, cujo objectivo é promover e manter alguma agitação para manter activa e na ordem do dia a contestação ao Presidente e à Direcção. E já a esta que acaba de ser eleita.
É evidente que o direito ao contraditório faz parte dos genes do Benfica que para além de ser salutar, é imprescindível para alertar a Direcção sobre determinadas atitudes ou matérias em que eventualmente possam cometer deslizes. Há pois a oportunidade de tentar fazer aplicar a máxima tão insistentemente apregoada de que ‘O Benfica é nosso’. A questão fundamental que se levanta não é discordar nem criticar porque isso é um direito inalienável dos associados, mas essencialmente a forma como é levada à prática e, sobretudo, nos locais onde é feita.
Porque com alguma frequência assistimos a cenas perfeitamente evitáveis e que em nada ajudam o Benfica e exercem um efeito perverso que apenas e só favorece os nossos adversários e inimigos. Justamente por isso, os seus autores deveriam parar para pensar e definir se é esse o objectivo que perseguem e, se chegarem a essa conclusão efectiva, então terão de se questionar a si próprios se estão no clube certo e que corresponde aos seus legítimos anseios e aos seus objectivos.
A escassez de títulos no futebol profissional se compararmos com o passado glorioso do Benfica, é um facto iniludível e reconhecido por todos os benfiquistas. E os erros e estratégias que demonstraram estar errados também por uma boa parte, sobretudo por aqueles (como nós), que estando de fora, mesmo que tenham a tentação, nunca os cometem. Mas estarmos sempre a focalizar e a desculparmo-nos com o passado para justificar e verberar o presente não nos parece de facto a melhor estratégia para alcançar um futuro que seja risonho e venha de encontro aos nossos anseios e desejos de obtenção de vitórias continuadas, que ao fim e ao cabo é aquilo que todos desejamos.
Caminhamos para uma das fases importantes da época, quiçá mesmo decisiva, tornando-se mais do que nunca necessário que os benfiquistas reflictam. Acabou de tomar posse uma Direcção legitimada por 83,02% dos votos dos benfiquistas pelo que não se justifica, neste momento e para já, focos de contestação ou mediatismos escusados. Há que aguardar pelo desempenho da Direcção para a poder avaliar, mas por ora a equipa profissional de futebol está numa fase que pode vir a ser complicada e é altura de todos canalizarmos as nossas energias para apoiá-la por forma a que possa alcançar os seus objetivos de seguir em frente em todas as provas. Logo, não nos devemos dispersar com outros factores que possam contribuir para desviar as atenções do primordial. É pois altura de todos os benfiquistas pensarem nisso. (in Benfica.COM)
É altura dos benfiquistas esquecerem eleições e ódios a Vieira e puxarem todos para o mesmo lado. Só assim poderemos fazer frente aos inimigos.
5 comentários:
Muito bom texto, apelando ao bom senso, o que mais tem faltado em muitos sítios e com o qual concordo totalmente.
É verdade, os benfiquistas devem estar unidos e creio que na sua esmagadora maioria estão, as eleições assim o dizem, mas há e haverá sempre, uns quantos experts, que por razões que a própria razão descohece, mais interessados em ver um Benfica à imagem do Sporting, é aquilo a que chamo o benfiquista mamão, que quer comer de uma casa que diz ser sua.
Grande texto Manuel. Os ditos é que não chegam lá! Esperavam o tacho e ficaram com umas panelas ferrugentas para chafurdarem.
CONCORDO.
Concordo com o texto...era bom que nos uníssemos contra os poderes instalados e contra os corruptos!
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