Benfica recupera o seu lugar

Depois da crise porque passou, mais ou menos entre meados dos anos 90 e até 2004, o futebol do Benfica, sobretudo a partir de 2009/10 em que foi campeão, vem recuperando o seu lugar nos rankings europeus e mundiais.

Face à excelente participação nas competições europeias desta época, está em 4º lugar no ranking das mesmas, atrás de Barcelona, Real Madrid e Bayern de Munique.

E já agora transcrevo este excelente artigo.
«Pese embora ter visto ser posta em causa a sua hegemonia desportiva e também a sua sustentabilidade, dificuldades essas que atingiram o apogeu numa década de 90 de triste memória, o Benfica conseguiu anos mais tarde reerguer-se e, desde já ressurge na vanguarda, faltando-lhe sobretudo a consolidação desportiva para terminar o ciclo de recuperação completa.

Das infra-estruturas que se situam ao nível das melhores do mundo, resultou o contíguo endividamento que se fez por via da sua própria credibilidade e viabilidade entretanto reconquistada, em contraponto com as benesses auferidas por outros que, no outro prato da balança, representaram as maravilhas da promiscuidade entre o Futebol e Política, promovendo situações de benefícios que obedeceram ao princípio de vasos-comunicantes, em que entre promoções políticas e favorecimentos a partir do erário público, apenas o contribuinte pode preencher o livro das reclamações, cuja resposta jamais será dada por manifesta falta de funcionários...

Ponto assente que o Benfica se reergueu com base no seu esforço e a seu próprio custo num país manifestamente invejoso, não sendo por conseguinte de estranhar que a desdenha quanto às suas iniciativas atinja proporções épicas, dando lugar mais cedo ou mais tarde a imitações, com ou sem igual sucesso. Tantas têm sidas as violações de copyright...

Constatando a transversalidade dos «dois pesos e duas medidas» da nossa (in)Justiça, Comunicação Social, CMVM e demais organismos e entidades, compreendemos por acréscimo algumas sinergias que mais não são do que um retrato fiel do quão incómodo representa um Benfica organizado e pujante. Um pouco como o próprio país...

Afigura-se por conseguinte ser demasiado fácil de compreender os motivos por detrás de tanta maledicência e inveja, ditos possíveis e impossíveis para que o Benfica não descole e não recupere a grandeza que desde sempre o caracterizou, mantendo bem vivo o seu nome além fronteiras, prestigiando-se a si próprio e Portugal.

O pormenor das negociações colectivas das transmissões televisivas estarem em cima da mesa para a nova LPFP com o Benfica na eminência de procurar o seu rumo, é no mínimo (in)oportuna, tanto como a recente exabundância na defesa do futebolista português por via de dificultar a entrada de estrangeiros em Portugal, que é nos tempos que correm, uma das importantes fontes de equilíbrio financeiro do clube.

Embora não nos surpreenda de todo, mudam os tempos e mudam as pessoas, mas a recorrência dos expedientes continua a ser notória e impressiva. Lamentavelmente, não se procura ser proactivo para avançar para uma evolução global gradativa e consequente, mas tão só e apenas, impeditivo que o Benfica possa descolar do marasmo e da estagnação em que gostam de viver.

Sempre aplicável a velha e triste máxima: Não nos importa que continuemos mal, desde que o Benfica não esteja bem...»
(Anti-Benfica.COM)