A história do futebol português sobretudo a partir da década de oitenta, tem sido pasto de várias interpretações, consoante os quadrantes que a analisam, que a contam e a querem aprisionar de molde a servir os superiores interesses clubistas e não só.
Se isso é digamos um interesse lógico, a opinião pública merece que ela seja correctamente contada e divulgada (e estamos a falar obviamente de factos públicos), para evitar que, cada um a divulgue conforme os interesses do seu clube, adulterando factos, distorcendo situações e branqueando ou sobrevalorizando argumentos.
E se alguns afectos ao clube A ou B a viveram e poderão contar a sua experiência, ou porque involuntária ou propositadamente a referem de uma determinada maneira, logo as pessoas e os interesses ligados aos clubes contrários se apressam a desmenti-la ou a reportá-la consoante as suas conveniências.
Isto confunde a opinião pública comum, porque não entende qual a razão porque, por exemplo, escutas telefónicas são validadas no caso C e servem para condenar os arguidos D e E, e já não o são no caso F em que os arguidos foram ilibados.
Esta dicotomia tem originado que algumas pessoas tenham querido abalançar-se a uma tarefa que consistia em tentar contar a história apoiadas em factos reais e verdadeiros por forma a aproximá-la tanto quanto possível da realidade, sem adulterações grosseiras e de uma forma factual, objectiva e independente.
O que tem acontecido, é que para além de declarações formais que valem o que valem e poderão ser postas em causa por interesses de quem se sente atingido e tudo faz para obstar à sua divulgação, faltam elementos sobretudo no capítulo do audiovisual que apoiem e comprovem, aquilo que é o argumento das muitas estórias contadas dispersamente.
Como se sabe, a televisão pública por existir há mais de 50 anos e ter registado inúmeros exclusivos desde sempre, o seu arquivo está numa posição previlegiada na área da reportagem e dos meios audiovisuais. Até hoje, salvo casos absolutamente esporádicos e tanto quanto saibamos, a RTP nunca se abalançou a contar a história na sua plenitude, assistindo-se à divulgação esporádica de certos episódios, o que parece compreensível face aos interesses com que eventualmente mexeria.
Por outro lado, ao que consta, alegando a razões de natureza processual, a televisão pública não cede e não permite o acesso a essas reportagens, o que inibe que terceiros possam contar todos os factos devidamente apoiados nessas reportagens.
Evidentemente que isto são análises subjectivas, visto que haverão certamente questões de vária natureza que desconhecemos e que eventualmente justificarão a sua atitude de recusa. Mas que seria extremamente importante contar toda a história de uma forma rigorosa, isenta e independente, aparte poder atingir quem quer que fosse, afigura-se-nos extremamente importante, com o natural respeito pelo contraditório.
Só que... não saímos do mesmo!
O que tem acontecido, é que para além de declarações formais que valem o que valem e poderão ser postas em causa por interesses de quem se sente atingido e tudo faz para obstar à sua divulgação, faltam elementos sobretudo no capítulo do audiovisual que apoiem e comprovem, aquilo que é o argumento das muitas estórias contadas dispersamente.
Como se sabe, a televisão pública por existir há mais de 50 anos e ter registado inúmeros exclusivos desde sempre, o seu arquivo está numa posição previlegiada na área da reportagem e dos meios audiovisuais. Até hoje, salvo casos absolutamente esporádicos e tanto quanto saibamos, a RTP nunca se abalançou a contar a história na sua plenitude, assistindo-se à divulgação esporádica de certos episódios, o que parece compreensível face aos interesses com que eventualmente mexeria.
Por outro lado, ao que consta, alegando a razões de natureza processual, a televisão pública não cede e não permite o acesso a essas reportagens, o que inibe que terceiros possam contar todos os factos devidamente apoiados nessas reportagens.
Evidentemente que isto são análises subjectivas, visto que haverão certamente questões de vária natureza que desconhecemos e que eventualmente justificarão a sua atitude de recusa. Mas que seria extremamente importante contar toda a história de uma forma rigorosa, isenta e independente, aparte poder atingir quem quer que fosse, afigura-se-nos extremamente importante, com o natural respeito pelo contraditório.
Só que... não saímos do mesmo!
1 comentário:
Grande post meu caro Manuel.
Enviar um comentário