Época 2015/16

Época 2015/16

Para reflexão dos benfiquistas

Com o pragmatismo e ponderação que são de todo necessários, vamos desenvolver algumas ideias perante a confusão que emerge neste momento, grande parte da qual programada e desenvolvida de fora para dentro, configurando uma situação que não tem nada de novo.
A pergunta que todos fazem e para a qual ainda não foi encontrada resposta que satisfaça em pleno, é basicamente: Qual a razão justificativa para a completa transfiguração para pior, da equipa que se sagrou de uma forma indiscutível campeã nacional?
À partida tudo apontava para o início de um novo ciclo do Benfica, asseguradas que estavam as condições para prosseguir e incrementar a solidificação de um projecto que se previa vencedor. Disso mesmo deram conta os responsáveis do Benfica, logo corroborados pelos experts da comunicação social, desde jornalistas a simples opinadores e cronistas.
Relembramos isto para avivar a memória a muitos que rapidamente se esquecem do dia de ontem. Mantinham-se os mesmos dirigentes, a mesma equipa técnica, praticamente os mesmos jogadores e tinham-se juntado ao grupo jovens jogadores que prometiam singrar rapidamente de águia ao peito.
No Benfica, qualquer que seja o interveniente (Presidente, directores, equipa técnica, etc), para além de estarem a lidar com uma situação que se pode alterar de uma forma radical semanalmente senão mesmo com periodicidade mais curta, têm que pensar que as suas declarações ganham sempre uma projecção especial e as suas palavras são minuciosamente escrutinadas por vários quadrantes, na maior parte das vezes hostis.
Neste mundo em que os interesses sectoriais se sobrepôem a tudo o resto, a franqueza e a sinceridade são de imediato aproveitadas para distorcer a verdade dos factos, havendo que pensar primeiro no que se diz e sobretudo na forma como se diz.
Nesse particular, os responsáveis do Benfica nem sempre observaram aquele princípio, e talvez ainda a digerir a euforia, deixaram que pensassem que estavam a elevar demasiado a fasquia, esquecendo-se que o futebol é uma indústria deveras aleatória, sendo que em Portugal têm vingado os sem escrúpulos que singram à custa dos que defendem e lutam por princípios. Isto não é novidade para ninguém, e os responsáveis do Benfica não o ignoravam.


Como se isso não bastasse, nem todos estão preparados para enfrentar a turba que gravita em torno da comunicação social, pelo que há que ponderar quando se comunica para evitar que cada frase ou cada palavra seja manipulada de harmonia com os vários interesses em jogo.  Nesse sentido, quer o presidente quer o treinador nem sempre souberam interpretar esse jogo, o que deu origem às mais desencontradas opiniões e análises, porque em várias situações foram os próprios a oferecer os fósforos para atear o lume.

Os objectivos principais traçados pareciam lógicos e exequíveis para toda a gente: revalidação do título de campeão e uma boa campanha na Liga dos Campeões. No entanto, algumas considerações marginais dos responsáveis, vieram criar uma pressão desnecessária sobre toda a estrutura, quando se sabe que o futebol é o momento. Isso elevou a fasquia na mente dos adeptos e criaram
créditos em todos aqueles que só estão à espera de um deslize para saltarem a terreiro com as suas habituais críticas destruidoras.
Jorge Jesus, talvez embriagado por um êxito que nunca tinha alcançado e que no Benfica dada a sua dimensão cria sempre um impacto tremendo, perante a chegada a conta-gotas dos mundialistas e de definições que tardaram, o que não se compadece com uma estrutura profissional, perdeu demasiado tempo em experiências. Para além de que a rábula que conduziu ao seu substancial aumento de proventos nunca devidamente explicada, provocou nos adeptos e nos simpatizantes as primeiras dúvidas.
 De tal forma que quando chegou a Supertaça os automatismos que tanto tinham influenciado a época anterior não existiam, o que constituiu um forte handicap, para além das opções sempre discutíveis para os treinadores de bancada e que ganham particular relevância sempre que se perde, agravando-se ainda mais se a falta de competitividade for gritante.
Contrariamente a algumas opiniões, não comungamos da ideia que aí começou a derrocada do Benfica esta época até ao momento. Uma equipa como a dos encarnados, pode, deve e tem forçosamente que reagir perante esse tipo de adversidades.
Mas aí, reeditando várias sequências do passado, entrou em acção o sistema e, aproveitando a debilidade psicológica (na altura momentânea) da equipa encarnada, apareceu primeiramente um tal Machado que fazendo juz ao nome deu a primeira machadada, sonegou 3 pontos e pior do que isso condicionou fortemente a equipa para a deslocação seguinte à Madeira, aparecendo depois um tal  Benquerença que se limitou a ser coerente com ele próprio ao praticar uma arbitragem sem a mínima categoria, retirando mais 3 pontos aos encarnados, o que desde logo condicionou o destino do campeonato se pensarmos que estamos no Portugal do sistema.
Se a isso adicionarmos mais 2 pontos que as arbitragens generosamente concederam à equipa da Invicta, temos que convir que é obra! Para uma equipa que tinha traçado um trajecto ambicioso embora realista, esta sucessão de
acontecimentos casuísticos, tinham fatalmente que produzir efeitos devastadores sobretudo em termos anímicos.
 De forma que ao ouvirmos e lermos agora as críticas do bota-abaixo e os destemperos protagonizados por algumas franjas de benfiquistas instigados por alguns opinadores da comunicação social, exigindo outra atitude e que os levaram por exemplo a assobiar César Peixoto ao entrar em campo, pedir explicações no Seixal e que agora se insurgem contra o outrora menino-bonito David Luiz, não deixamos de considerar que isto é um mundo-cão e manipulador, onde alguns conseguem levar outros a praticar actos sem que estes se apercebam que estão a ser manipulados.
Onde deveria haver alguma serenidade na análise dos factos, compreensão e solidariedade, sem que isso signifique abdicar da exigência que deve estar sempre presente nos sócios e adeptos, observamos comportamentos com alguma agressividade e intolerância, contribuindo objectivamente não para descobrir soluções, mas para potenciar problemas e até agravá-los.
Nestas alturas em que se configuram cenários de eventuais crises, é preciso mais do que tudo serenidade. Dos adeptos, dos simpatizantes e de toda a estrutura. Cada um de nós tem provavelmente uma perspectiva diferente sobre as causas que nos conduziram até aqui, o que não significa necessariamente que estejamos correctos na apreciação que fazemos. O mais lógico e provável é que cada um de nós detenha uma parte da verdade do todo. Se juntarmos todas essas pequenas partes, teremos o panorama completo e calmamente poderemos contribuir para a solução que no fundo é o desejo de todos.
Somos nós e só nós que a temos essa responsabilidade, porque dos outros nada poderemos esperar, a não ser a continuação das tentativas de divisionismo que de uma forma sistemática nos querem impôr. 
(Fonte: Anti-Benfica.COM)

4 comentários:

Jotas disse...

Varias realidades nuas e cruas, desde o condicionamento inical da tabela classificativa ao manipulamento de opinioes.
Caro Manuel, o que mais lamento, consiste na mentalidade muito fraca de algumas pessoas que empranham tudo aquilo que vem na comunicaçao social e fazem disso uma verdade, enquanto essa estupidez se mantiver, obviamente a maniupulaçao vai ser uma forte investimento pelos anti e que infelizamente muitos benfiquistas engolem e a mim custa-me muito ver tamanha banalidade mental em algumas pessoas.

Luís Felipe Barreiros disse...

Estou de volta! Hahaahaha.

Abração e espero você lá,

Luís
porforadogramado.blogspot.com

Manuel Oliveira disse...

Amigo Jotas, viste o que aconteceu em Alvalade? Mais uma manifestação de bom perder daquele clube impoluto que todos conhecemos. E nem perderam, apenas empataram.

Abraço.

Manuel Oliveira disse...

Luís Felipe, darei uma passadinha por lá!

Abraço.

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