Época 2015/16

Época 2015/16

Vale tudo

Por considerarmos que já quase tudo tinha sido dito sobre o inenarrável acto de coerência de João Capela ao expulsar Pablo Aimar em Olhão, fazendo o supremo obséquio de o deixar jogar durante 17 longuíssimos minutos e também do acto de rigor exemplar do Conselho de Disciplina em castigar o jogador com a pena virgem de 2 jogos de suspensão que por mera coincidência é claro, o afasta dos dois próximos jogos do Benfica (logo também por coincidência o SC Braga e o Sporting) que se afiguram como decisivos, não equacionávamos, para já, voltar ao assunto. Porque por mais desculpas que se arranjem, por mais justificações que se avancem, seria um completo milagre explicar racionalmente estes estranhos casos que continuam época após época a acontecer no futebol português.

O
s responsáveis do Benfica já tinham anunciado a sua disposição de recorrer para o Conselho de Justiça por considerarem que até na avaliação e nas decisões disciplinares existem dois pesos e duas medidas. No fundo, o CD, para não destoar, limitou-se a ser coerente com os actos arbitrais que continuam a espelhar nos campos a mesma incoerência de análise. O recurso seguiria os seus trâmites e porque o mesmo não tem efeitos suspensivos, qualquer decisão que viesse a ser tomada mesmo que favorável às pretensões dos encarnados, não seria crível acontecer a tempo e horas, dada a agenda sempre muito carregada daquele órgão de recurso. Todos sabemos que a Justiça (seja ela qual for), apesar de andar em carros de alta cilindrada, quando se trata de apreciar casos menores, recorre sempre aos utilitários a diesel.

A
barragem de fogo acertada entre leoninos e pintistas em tudo o que é imprensa para justificar a expulsão de El Mago pelo mesmo artista que, mais uma vez por coincidência, tinha expulsado Óscar Cardozo na dérbi jogado na Luz por este após ter sofrido uma falta ter desabafado com a relva e que, como tivémos ocasião de relembrar ontem, já era detentor de antecedentes históricos com prejuízos dos encarnados, fez-nos voltar ao assunto porque era nítido e patente que os Ruis Moreiras cá do burgo estavam a esforçar-se desesperadamente para branquear uma acção de falta de coerência e de senso de João Capela, atendendo a que algum tempo antes, o referido apitador tinha deixado passar em claro uma falta perigosa por detrás passível de cartão ao jogador do Olhanense Toy que teve direito à marcação da falta, mas à qual o apitador de serviço fez olhos e ouvidos moucos, tendo suspendido por breves instantes a aplicação das leis do jogo.

I
ndependentemente daquilo que pensam e dizem os vários agentes ligados directa e indirectamente ao futebol e alguma imprensa e respectivos moços de recados que navegam nas águas turvas das suas próprias contradições e do servilismo a que se prestam, importa também considerar aquela trouxa e imensa mole humana que vai aos estádios e contribui com o seu esforço incluindo o financeiro, para os dançarinos do folclore que vemos amiúde nos vários palcos e que, por muito estranho que pareça, têm olhos na cara e sobretudo têm opinião, aparte muitos se deixarem manipular pelos ventos cruzados que sopram com frequência de várias direcções. Mas hoje em dia grande parte já formam as suas opiniões de uma forma independente e consolidada, e não são quaisquer vozes de burro que os compelem a desviarem as atenções, ou que os fazem vacilar nas opções que tomaram baseadas nas suas próprias observações.

D
a mesma maneira que a nossa contribuição nos concede algum direito de exigir a dirigentes, técnicos e atletas, no fundo a toda a estrutura ligada a cada equipa que faça o melhor que pode e sabe numa acção profícua e coerente, de igual modo podemos e devemos exigir a todas as outras estruturas ligadas ao futebol que actuem do mesmo modo. Isto aparte os erros que sempre são cometidos e tidos como normais em todos os processos. Se todos aqueles são objectos de críticas umas vezes justas outras nem tanto, não vemos que alguma destas estruturas ou os seus membros no individual tenham previlégios especiais que não possam e não devam ser criticados quando falham ou tomam opções não justificadas. Sobretudo quando é consensual por parte das pessoas que continuam a pensar pela sua própria cabeça que erraram neste ou naquele aspecto, ou assumiram opiniões e tomaram decisões manifestamente incoerentes e injustificáveis que vão contra alguém.

P
or mais que a berraria suba de tom na praça, reafirmamos que no jogo de Olhão, Capela foi rigoroso, excessivo, demonstrou falta de bom senso e foi incoerente, com a agravante de ter assinado um relatório ainda mais gravoso e penalizante. Por sua vez o Conselho de Disciplina, se calhar inspirado nos contínuos agravamentos de impostos dos gestores de política como única solução para todos os males…dos mais desfavorecidos, inaugurou uma nova política de penalizações e, como o Benfica é normalmente pioneiro em todas as matérias, calhou em sorte a um seu jogador ser o primeiro a comer pela medida grande. Nem sequer vamos evocar outras situações ocorridas com outros jogadores durante o presente campeonato para suportar a incoerência da decisão, que ainda é muito mais penalizadora se tivermos em conta o passado do jogador e a sua forma de estar dentro e fora dos relvados que deveria constituir um exemplo para todos os outros. Esta conjugação de factores acaba de alguma forma por dar força de razão aqueles que continuam a pensar que tudo isto não se tratou de meras coincidências. E não seremos nós a forçar a sua mudança de posição...

E
stribando-se nos conhecimentos técnicos que julgam possuir e na capacidade decisória de que estão investidos, afirmam repetidamente os que não admitem ser contestados nas suas opiniões e decisões por considerarem possuir o dom da infalibilidade, que está vedado a todos os outros pronunciarem-se sobre essas matérias por não disporem de conhecimentos e know-how à altura.Era bom e sobretudo cómodo para eles que assim fosse, mas não é. Numa sociedade democrática são direitos inalienáveis dos cidadãos pronunciarem-se, desde que obviamente não exorbitem o sentido das suas críticas. Daí que, por exemplo, não se entenda como os apitadores se sentem escandalizados. A menos que se arroguem o direito de poderem cometer erros, ser incoerentes, não respeitar integralmente as leis do jogo e influenciar jogos e campeonatos com toda a impunidade.

A
liás, a arengada que costuma constituir a pseudo-argumentação dos pintistas como Rui Moreira ainda hoje o ilustra na perfeição é, há que dizê-lo sem hesitações, a principal causa dos ziguezagues e das acções titubeantes dos apitadores durante a última trintena de anos pois sempre andaram de rédea curta e de côcoras perante os azuis e brancos. E, quando não estavam naquela difícil posição de equilíbrio, corriam desenfreadamente pelo campo fora como o fizeram Carlos Valente e José Pratas provando a sua invejável condição física. Foram situações de que certamente ainda muitos se recordarão. Posto isto, que crédito deverá merecer a lengalenga dos pintistas, eles que são os principais causadores da bagunça que se continua a viver no futebol português. 

Mais um excelente artigo do Anti-Benfica.COM

1 comentário:

Anónimo disse...

Mais um ROUBO!!!!

Puta que pariu estes cabrões.

O filho da puta atira-se para o chão e o árbitro logo lhe dá um livre que dá golo.

Na primeira parte foram 2 lances de falta em frente à baliza do braga e nada. Não houve nada.

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