Época 2015/16

Época 2015/16

O alargamento da discórdia

O alargamento da Liga para 18 clubes é um erro crasso para o futebol português. E eu concordo!
«O alargamento da Liga portuguesa é um crime contra o futebol. E também contra o país. Mais uma vez os chamados clubes profissionais avançam para o abismo, ignorando a situação catastrófica da economia, a falta de recursos e a necessidade de regulação e estratégia. Quando todos os portugueses encolhem, procurando sobreviver, o futebol alarga, com perigo de rebentar – se esta decisão for homologada nas instâncias superiores.
Clubes sem público, equipas sem orçamento, competição sem impacto – eis a sequência estrutural da atividade futebolística em Portugal, recomendando, pelo contrário, mais concentração, mais pragmatismo financeiro e melhor adequação mediática. O espetro futebolístico nacional, o tamanho do país e a influência da grave crise económica e social recomendariam uma redução da Liga para 10, no máximo 12 clubes, respeitadores das boas práticas de gestão e de limitações quantitativas e qualitativas ao recurso a jogadores estrangeiros.
Com esta viciação descarada das regras do campeonato em curso, protegendo-se os piores ao desfecho da despromoção, os clubes voltam a glorificar essa incontornável tendência para nivelar por baixo. Fazer com que as piores equipas do ano não desçam de divisão é um atentado contra a moral desportiva, mais um passo atrás na formação das novas gerações de adeptos, cada vez mais convencidos de que só a vitória interessa, a qualquer preço.
A redução para 16, em 2006, decidida no Conselho Nacional de Desporto e aprovada pela Federação Portuguesa de Futebol, apesar de não acompanhada pela prometida regulação da utilização de jogadores estrangeiros nem pelo controlo financeiro, ajudou nas últimas seis temporadas a uma subida relativa dos índices competitivos internos, entre os clubes realmente estruturados, com mais equipas envolvidas na discussão dos primeiros lugares.
O atual ranking nas provas da UEFA, à beira de passar a ter três equipas na Liga dos Campeões, é uma das consequências positivas da redução do campeonato, ao deixar mais tempo aos clubes principais para prepararem as suas participações internacionais. Portugal nunca teve tantas equipas envolvidas nas provas europeias no segundo semestre da época como nos últimos quatro anos.
O alargamento não vai estancar a diáspora do jogador português, que se viu forçado a procurar conforto noutras zonas muitos anos antes de o Governo ordenar a emigração em massa aos nossos jovens. Não vai diminuir a atividade do presidente do Sindicato para minimizar os efeitos dramáticos do abuso sistemático do não pagamento de salários no tempo devido. Não vai aumentar o bolo de receitas publicitárias e de direitos de imagem, nem diminuir a terrível invasão cultural do futebol espanhol e inglês, através de centenas de horas de televisão, nos hábitos do português comum.
O alargamento, de facto, é só mais um sinal do regresso da malta dos xitos aos bons tempos do velho “Sistema”, que se mostra cada vez mais pujante e completamente restabelecido do susto das ameaças da Justiça.
(João Q. Manha, in Record)

3 comentários:

BENFIQUISTA disse...

ate que enfim que alguns jornalistas começam a dizer as verdades sem medos.
ATE QUE ENFIM.

Anónimo disse...

O que se passa em Portugal, no futebol português é vergonhoso e é assim há muitos anos. A impunidade e falta de vergonha tudo permite.


Instituições desportivas (atá agora apenas a Liga)
Alargamentos, não para melhorar o futebol, porque fazem sentido na evolução do desporto, mas para satisfazer clientelas, permitindo a manutenção de clubes medíocres que sabiam no início da competição que se não fossem competentes seriam despromovidos para a divisão inferior, pelo seu futebol inferior. E permitir que o FC Porto, que controla a maior parte dos dirigentes dos clubes subservientes, possa lucrar, de imediato, com o desleixo competitivo, permitindo facilitar pagamentos para “ganhar ao Benfica”;


Contrato colectivo de direitos televisivos, para “aproximar” os orçamentos dos clubes, ou seja nivelar por baixo o futebol português em relação aos países mais poderosos. O Benfica que tem 50/60 por cento dos adeptos (nos estádios e à frente das televisões) receberia cerca de 18 por cento do dinheiro disponível para todos os clubes. O FC Porto, quem poderia ser, via o Benfica ser-lhe equiparado (por baixo), até porque ao contrário do Benfica (que potencialmente pode conseguir receitas avultadas via TV’s) está “apenas” interessado em “marcar a 80 por cento o “Glorioso”) visto a sua grande fonte de financiamento não estar nas receitas televisivas, venda de bilhetes e ingressos e comercialização da marca, mas… na transacção dos direitos desportivos dos futebolistas, onde fazem muitíssimo mais receitas que nós. Apesar de terem jogadores iguais ou piores. São é muito bem vendidos. Vender lixo ao preço do luxo.


Comunicação Social
Medrosa, porque subserviente ao poder dos andróides e do seu presidente, que põe e dispõe, monopolizando a RTP, intervindo na SIC e controlando a TVI (nem que seja à chapada no Duarte, que nem um pio se ouviu). Nas rádios há de tudo incluindo o inenarrável BB que é um dos maiores mistificadores da realidade, até com direito a debutar – aldrabices anti-Benfica - no Porto Canal. Os jornais, em particular “A Bola” dão-lhes espaço, aos andróides MST, RM e CAS para paleio e acicatar ódios, com mentiras e suposições, porque percebem influenciar os Benfiquistas, pois os portistas lêem o seu jornal O NOJO.


Merdosa, porque branqueia, esconde e ignora o seu principal objectivo – informar. Mas também o segundo – debater. E até o terceiro - divulgar. Ou seja, existir para melhorar. Escolhe o influenciar. Negativamente.


Como se vê os andróides dão-se ao luxo, como nas últimas eleições para a Liga (LPFP) e Federação (FPF), jogar nos dois lados. Ficam sempre a ganhar. Podem ganhar mais ou menos. Mas ganham sempre. Onde isto chegou…

Anónimo disse...

So pode haver uma razao. Mt para alem de ordenados de jogadores em atraso e de clubes em falencia, os senhores q regem os destinos dos clubes ainda conseguem desviar verbas consideraveis para contas pessoais. Na verdade eles n querem saber patavina do futebol portugues, somente querem ampliar riquesa pessoal. N existe patriotismo, moral nem etica...

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