Envolvido em enorme polémica após o quinto e decisivo duelo do playoff da Liga de basquetebol, o treinador do Benfica explica a Record o que o levou a reagir de forma tão inesperada. Mas fala ainda do título e não só...
RECORD
– Na altura em que conquistou o seu 14.º (10.º pelo Benfica) e último
título enquanto jogador pensou que, um dia, muitos anos depois, voltaria
a ser campeão nacional então na qualidade de treinador?
CARLOS
LISBOA – Depois de conquistar o último campeonato (1994/95) como atleta
ainda joguei mais uma época, pelo que não tinha essa ideia. No entanto,
depois de enveredar pela carreira de treinador, é óbvio que tive sempre
o sonho de voltar a festejar mais títulos. O objetivo de ganhar está
sempre presente.
R – Mas ainda se lembrava da sensação de ser campeão?
CL
– Claro. Isso não se esquece. E sendo certo que estive vários anos sem
ganhar dentro do campo, como praticante ou treinador, não posso esquecer
que pude festejar vários títulos das diversas modalidades do Benfica
enquanto dirigente, dois dos quais no basquetebol. E garanto que vibrei,
e continuo a vibrar, com todos eles.
R – Apesar da
emoção que a final do playoff teve, da luta renhida existente entre as
duas melhores equipas nacionais, o que ficou na memória da maioria das
pessoas não foi o que aconteceu nos jogos...
CL – Foi
uma final muito boa, decidida apenas após cinco jogos. E isso é o mais
relevante. Ganhámos nós porque fomos melhores no playoff e
particularmente na derradeira partida, quando estivemos quase sempre no
comando do marcador. Trabalhámos muito, desde o dia 22 de agosto, sempre
com o pensamento na conquista do título. É evidente que pretendíamos
conquistar todas as outras provas, mas nunca escondemos que a ideia era
vencer o último jogo da Liga. Pelo meio – e eu não gosto muito de falar
destas coisas, pelo que até fiz por as esconder em certa medida –
tivemos um ror de lesões. Ben Reed, Sérgio Ramos, Tomás Barroso,
Betinho, Doliboa, Evans, Elvis, Gentry... Quase toda a equipa, num ou outro
momento, esteve parada. Nunca pudemos utilizar o grupo sem limitações.
Em certos períodos, para treinar, tínhamos apenas seis atletas seniores
disponíveis e era obrigatório recorrer a outros tantos dos Sub-20. Esses
miúdos também foram campeões. Ajudaram e muito. Sem desrespeito para
ninguém, creio que podíamos ter ganho mais competições se as lesões não
nos tivessem afetado tanto.
A entrevista completa só está disponível na versão em papel do Record. Se alguém tiver acesso por favor envie-me através da caixa de comentários.
2 comentários:
Aqui tens a entrevista completa:
http://epaperstorage.xl.pt/record/
Obrigado caro Tiltslb pelo link!
Já li e falarei dela noutro post.
Abraço Glorioso.
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