Época 2015/16

Época 2015/16

Excelente análise ao dérbi por um "nosso"

Projetar um Sporting-Benfica vai muito para além do exercício que se faz para um simples jogo de futebol. Estamos perante um duelo ancestral e quando se aproxima o dia é difícil ficar indiferente a histórias passadas, emoções, alegrias e desilusões vividas. É um jogo sempre empolgante e apaixonante, capaz de atravessar gerações e perdurar na memória durante muitos anos. Tudo isso mexe com o dérbi.

Quando Elias se solta

O Sporting procura carregar baterias para o que resta de época. E ainda resta muita época!

Se o Sporting vê neste jogo a linha que separa os bons dos medíocres, que imortaliza uns em detrimento de outros, que diferencia os que acreditam daqueles que já deixaram de acreditar, dos que ainda conseguem ver o Sporting capaz de jogar olhos nos olhos contra o seu maior rival de sempre, pois eis chegado o momento que representa tudo isso.

Vercauteren irá aproveitar para passar essa mensagem aos jogadores, blindar o balneário e tentar mostrar no dérbi que este Sporting ainda é capaz de conseguir entrar num novo ciclo.

Para ter sucesso é fundamental assimilar a cultura tática que muito tem faltado a este Sporting. Dentro do 4x2x3x1, – que no meu ponto de vista a torna mais compacta e mais segura –, a equipa consegue desdobrar-se no 4x3x3 pensado para esta época. É o momento em que Elias se liberta dos deveres defensivos e participa no planeamento ofensivo; onde os extremos ganham dimensão e largura q.b. e facilidade de desdobramento no processo defensivo; em que os laterais veem os movimentos serem compensados com mais segurança e facilidade.

Apesar desses bons indícios, Van Wolfswinkel ainda carece de ajuda direta seja de um médio, de um segundo ponta ou de um falso extremo (Labyad?).

Para que tudo isto funcione é preciso que Rui Patrício deixe de ser o melhor em campo jogo após jogo. Por outro lado, os centrais não podem continuar a ser o elo mais fraco de uma equipa que reclama por estabilidade. Por outro lado, a mobilidade e as trocas posicionais têm de passar do papel para o terreno de jogo. Só assim o Sporting poderá ganhar.

Matic salta linhas

O Benfica está forte, ambicioso, competente e capaz de ir a Alvalade impor os seus processos, a sua metodologia e fazer o jogo perfeito.

O Benfica faz do processo ofensivo a sua principal força, seja em ataque planeado ou em transições.

Partindo do já habitual 4x1x3x2, o futebol doBenfica ganhou ainda mais dimensão com a entrada de Matic pela sua qualidade e verticalidade no passe, saltando linhas em posse e permitindo à equipa ser mais rápida após a conquista da posse da bola.

Luisão apareceu mais “jovem” e em boa hora uma vez que Enzo Pérez, na posição 8, não consegue libertar-se dos pensamentos e dos processos próprios de um extremo. Por outro lado... ainda bem que assim é! É que ele entrega a bola como gostaria de recebê-la. Isto é, bem “redondinha”. O afortunado é Ola John. Bruno César ou André Gomes irão completar o miolo.

Cardozo recuperou os movimentos de apoio, acrescentando energia à ambição de ser o melhor entre os avançados. E não é fácil, pois Lima faz tudo bem. É agressivo com e sem bola, sabe servir e, melhor ainda, sabe marcar.

É mais um dérbi de tripla: 1 para quem acredita e tem de acreditar na mudança e 2 para quem quer ser campeão. Estão, pois, reunidas condições para um grande jogo.

O TESTE DE VERCAUTEREN E O MODELO DE JESUS

É o maior desafio da era Franky Vercauteren também em termos táticos. Está à prova a sua capacidade real de mexer no plano técnico/tático, sabendo que uma vitória no dérbi pode significar a reconciliação com a massa associativa, a credibilidade que o presidente procura e precisa, além de ajudá-lo a seguir em frente de cabeça levantada.

O modelo de Jesus é agressivo e atrativo porque incorpora muitos jogadores em todos os processos ofensivos, exige dinâmicas e rotinas. Mas não só. Também obriga o adversário a baixar as suas linhas e muitas vezes a ter de jogar num bloco médio-baixo.

O Benfica, no entanto, deve ter cuidado e muita atenção aos desdobramentos defensivos, onde muitas vezes há défice de elementos, permitindo aos adversários acreditarem que com critério na primeira transição podem criar perigo e chegar ao golo. Daí a importância do equilíbrio quer dos laterais quer dos extremos no movimento de basculação defensiva. (Hélder Cristóvão, in Record)

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