Época 2015/16

Época 2015/16

Meu artigo no Jornal da Gloriosasfera

Saíu a 7ª edição do jornal da Gloriosasfera ontem, do qual "saquei" este meu artigo.
"A minha forte ligação ao futebol moçambicano - II"
O artigo anterior sob este título, havia terminado no porquê da escolha do nome Clube de Desportos da Costa do Sol para substituir o de Benfica de Maputo.
Depois da escolha do novo nome era preciso escolher as cores e o emblema. Tarefa difícil pois não podíamos de modo nenhum manter algo que o associasse ao Benfica, pelos motivos já expostos.
Por ser um clube situado junto a uma praia e confesso que por analogia, sugeri aos meus colegas de Direcção as cores do Estoril-Praia, porque tinham tudo a ver, o amarelo do sol e o azul do mar. E mais, teria as cores da selecção do país do futebol, o Brasil.
Ultrapassado mais este obstáculo, deparou-se-nos outro ainda mais difícil, o emblema. Depois de muita discussão (pacífica, claro) optámos pelo óbvio, colocar o mar, o sol, e uma gaivota, que até certo ponto nos lembrava a “gloriosa águia”. Curiosamente nunca fomos conhecidos pelos “gaivotas” (felizmente), mas sim por “canarinhos” devido à cor da camisola e concerteza também à selecção brasileira. Isto no ano de 1978.
Paralelamente, a equipa de futebol sénior que tinha começado a ser construída dois anos antes com uma mescla de experiência e juventude, por um técnico desconhecido mas estudioso, ex-atleta do clube (Martinho de Almeida), já lutava por títulos.
Recordo que antes da independência se disputavam os campeonatos distritais que por sua vez apuravam os representantes para o provincial, afinal Moçambique era uma província portuguesa.
A partir de 1976 começaram a disputar-se campeonatos provinciais, que substituiram os distritais, e que apuravam para o campeonato nacional disputado por 16 equipas divididas em duas séries, apurando depois as duas primeiras para uma fase final.
Finalmente em 1979 os nossos esforços foram coroados de êxito. Vencemos o primeiro campeonato nacional da nossa história!
Como a equipa era muito boa, a base da selecção de Moçambique na época, voltámos a ganhar o campeonato nacional em 1980, acumulando com a primeira Taça de Moçambique. Foi um ano de ouro!
Nessa brilhante equipa, os que habitualmente representavam a selecção, eram de facto belíssimos jogadores, tanto que não tenho dúvidas que se na época fosse permitido saírem de Moçambique, muitos teriam feito sucesso no futebol português. Anos mais tarde, dois ainda jogaram no futebol português mas sem grande sucesso pois o seu período áureo tinha passado. Um deles (Nito) conseguiu sair de Moçambique para Portugal mas não conseguiu a autorização da Federação para poder ser inscrito em Portugal. Só depois de passados dois anos o conseguiu e mesmo assim ainda representou o Guimarães (com Pedroto) e o Estrela da Amadora.
Outro grande jogador da época, é actualmente o treinador do Desportivo de Maputo e já foi seleccionador nacional de Moçambique, Artur Semedo, que também ainda chegou a jogar em Portugal na 2ª divisão.
No ano seguinte, as coisas já não correram tanto de feição, o técnico foi dispensado após 5 anos à frente da equipa, aconteceram as lesões de dois jogadores importantíssimos, enfim coisas normais em futebol.
Mas o Costa do Sol não era só futebol.
Tínhamos uma belíssima equipa de hóquei em patins treinada pelo melhor jogador português de todos os tempos, Fernando Adrião, infelizmente já falecido e com quem ainda privei em Portugal nos anos 80.
Tínhamos uma de basquetebol sénior femininos que foi campeã nacional.

Manuel Oliveira

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