É comum e frequente ouvir-se e ver-se escrito que o estado do futebol português é caótico. Mas também acontece amiúde um ensurcedor silêncio daqueles que, beneficiando dos favores do actual sistema e recolhendo os dividendos correspondentes, apenas levantam a voz ou barafustam quando sentem que os lucros começam a correr algum de risco de ficar ameaçados. O tempo tem corrido a seu favor.
O facto de sermos um país pequeno e periférico serve de alguma forma de justificação para o atraso estrutural do futebol que infelizmente se estende a todos os outros sectores da vida nacional. Vivemos numa espécie de feudalismo, em que os senhores que acederam e se têm perpetuado no poder, tudo têm feito para que a inércia continue, porque isso significa em primeira instância que a sua influência se manterá inalterável.
É evidente que todos temos contribuído para este estado de coisas, e não é justo e muito menos coerente, dizer-se que a culpa recai totalmente nos outros. É indubitável que uns por omissão (a grande maioria), outros que se contentam com algumas migalhas caídas da mesa do poder, e ainda outros que se poderiam apelidar de colaboracionistas, contribuiram para a solidificação no poder da actual trupe.
O facto de sermos um país pequeno e periférico serve de alguma forma de justificação para o atraso estrutural do futebol que infelizmente se estende a todos os outros sectores da vida nacional. Vivemos numa espécie de feudalismo, em que os senhores que acederam e se têm perpetuado no poder, tudo têm feito para que a inércia continue, porque isso significa em primeira instância que a sua influência se manterá inalterável.
É evidente que todos temos contribuído para este estado de coisas, e não é justo e muito menos coerente, dizer-se que a culpa recai totalmente nos outros. É indubitável que uns por omissão (a grande maioria), outros que se contentam com algumas migalhas caídas da mesa do poder, e ainda outros que se poderiam apelidar de colaboracionistas, contribuiram para a solidificação no poder da actual trupe.
É um facto que se nota uma tendência crescente de denûncia dos atropelos que continuam a acontecer por toda a parte, mas isso, sendo um factor positivo, não é suficiente, porque ninguém se atreva a cometer a ingenuidade de pensar que os senhores do poder abdiquem dele de mão-beijada.
Tal como no passado, os tentáculos continuam a ter ramificações onde quer que o poder vislumbre que poderá haver hipóteses de influências e de benefícios, e se analisarmos os vários centros de poder não existe absolutamente nenhum que nos mereça crédito e confiança, porque cada um à sua maneira está seriamente afectados na sua credibilidade.
Desde a Federação, a Liga, as Associações, a arbitragem, a disciplina, a justiça, a Secretaria de Estado do Desporto e os tribunais, alguém de boa fé pode dizer alto e bom som que confia neles? E os jornalistas, quantos estão verdadeiramente ao serviço do desporto? Quantos praticam um jornalismo sério, isento, imparcial e de denûncia dos cancros que atravessam o desporto português e necessitam de ser extirpados?
Numa atitude que revela alguma indiferença, é frequente ouvir-se dizer que não vale a pena, pois tudo é manipulado e os verdadeiros culpados de ontem são inocentados hoje e provavelmente amanhã. Aquela postura que encerra algo de quixotesco, é obviamente aplaudida por todos os que sendo amiúde arguidos, são declarados not guilty com pompa e circunstância, assumindo uma atitude gozo ede desafio, conscientes que a sua impunidade lhes permite sobreviver a todas as investidas em que os julgadores assumem afinal o papel de réus circunstanciais.
Este estado de circunstâncias está muito para além de meras questões clubísticas ou pseudo-regionalistas. O que está em causa, é toda a credibilidade de um país com cerca de mil anos de história, que quando deveria estar a dar lições à Europa e ao Mundo, luta desesperadamente para sobreviver nesse contêxto territorial, como se tivesse agora mesmo atingido a sua maioridade e a sua independência.
Como já vimos, quem está à frente não dá mostras de pensar em termos nacionais mas tão somente em si próprios e, para além disso, apenas nos interesses de quem lhes poderá ser útil amanhã, sendo que as manobras de bastidores indiciam que os do costume se preparam para mais golpes palacianos nos sectores que consideram vitais para a prossecução dos seus objectivos de manutenção do poder. É pois altura de todos acordarmos e dizermos basta!
Não se trata de substituir o actual poder por outro de sinal contrário. Não é com uma simples mudança de pessoas que se resolve a questão porque o que é urgente e necessário é mudar mentalidades e políticas, de forma a colocarmos o desporto português e o futebol ao serviço de todos e à margem de qualquer suspeita, para podermos atingir os patamares do progresso e desenvolvimento há muito reclamados. Só assim teremos autoridade moral.
Vamos pensar nisso?
(Anti-Benfica.COM)
Tal como no passado, os tentáculos continuam a ter ramificações onde quer que o poder vislumbre que poderá haver hipóteses de influências e de benefícios, e se analisarmos os vários centros de poder não existe absolutamente nenhum que nos mereça crédito e confiança, porque cada um à sua maneira está seriamente afectados na sua credibilidade.
Desde a Federação, a Liga, as Associações, a arbitragem, a disciplina, a justiça, a Secretaria de Estado do Desporto e os tribunais, alguém de boa fé pode dizer alto e bom som que confia neles? E os jornalistas, quantos estão verdadeiramente ao serviço do desporto? Quantos praticam um jornalismo sério, isento, imparcial e de denûncia dos cancros que atravessam o desporto português e necessitam de ser extirpados?
Numa atitude que revela alguma indiferença, é frequente ouvir-se dizer que não vale a pena, pois tudo é manipulado e os verdadeiros culpados de ontem são inocentados hoje e provavelmente amanhã. Aquela postura que encerra algo de quixotesco, é obviamente aplaudida por todos os que sendo amiúde arguidos, são declarados not guilty com pompa e circunstância, assumindo uma atitude gozo ede desafio, conscientes que a sua impunidade lhes permite sobreviver a todas as investidas em que os julgadores assumem afinal o papel de réus circunstanciais.
Este estado de circunstâncias está muito para além de meras questões clubísticas ou pseudo-regionalistas. O que está em causa, é toda a credibilidade de um país com cerca de mil anos de história, que quando deveria estar a dar lições à Europa e ao Mundo, luta desesperadamente para sobreviver nesse contêxto territorial, como se tivesse agora mesmo atingido a sua maioridade e a sua independência.
Como já vimos, quem está à frente não dá mostras de pensar em termos nacionais mas tão somente em si próprios e, para além disso, apenas nos interesses de quem lhes poderá ser útil amanhã, sendo que as manobras de bastidores indiciam que os do costume se preparam para mais golpes palacianos nos sectores que consideram vitais para a prossecução dos seus objectivos de manutenção do poder. É pois altura de todos acordarmos e dizermos basta!
Não se trata de substituir o actual poder por outro de sinal contrário. Não é com uma simples mudança de pessoas que se resolve a questão porque o que é urgente e necessário é mudar mentalidades e políticas, de forma a colocarmos o desporto português e o futebol ao serviço de todos e à margem de qualquer suspeita, para podermos atingir os patamares do progresso e desenvolvimento há muito reclamados. Só assim teremos autoridade moral.
Vamos pensar nisso?
4 comentários:
Na minha opinião o que se passa no futebol em Portugal é o espelho do que se passa na sociedade portuguesa. Por isso nada mudará, enquanto não houver uma reviravolta geral em todos os meios da sociedade, incluindo o futebol. Até isso acontecer, mesmo que o padrinho desapareça do panorama desportivo português, vai aparecer logo um afilhado que lhe tomará o lugar.
SAUDAÇÕES DESPORTIVAS
Olá Manuel, muito obrigado pela visita ao meu blog. Estou seguindo o seu também.
Muito bom seu blog, bem escrito, parabéns.
Quanto a proposta de parceria, eu aceito, é só entrar em contato comigo pelo meu blog mesmo, pois não havia feito parcerias antes.
Abraços!
www.futnaintegra.blogspot.com
Infelizmente, és capaz de ter razão caro Anselmo.
Já que me visitas e comentas de vez em quando, que tal "seguir" aqui o Blog?
Vi pelo teu perfil que resides em Toronto. Tenho aí família!
Abraço.
Obrigado Ana!
Vou colocar o teu link aqui e passarei pelo teu Blog.
Abraços.
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