«Quanto vale a igualdade no Dragão?
Desde logo, vale um rude golpe na sobranceria portista, vale também o aumento da instabilidade emocional dos actuais campeões nacionais.
Vale isso e vale muito mais.
Vale um Benfica mais persuasivo, mais solidário, mais crente nos seus propósitos.
Vale tudo o que vale e ainda vale mais porque a formação de Jorge Jesus, na segunda e decisiva metade do jogo, foi superior à sua antagonista.
Valeu mais, bem mais, como colectivo.
No último quarto de século, os desaires vermelhos no Porto têm sido muitos.
Ainda que nem sempre pautados pela verdade desportiva, é inquestionável que condicionaram, em larga medida, os objectivos de cada uma das temporadas.
O Benfica não ganhou no Dragão, também desta feita?
Só que o empate teve (e vai ter) consequências vitoriosas.
Na época passada, para além das ferozes arbitragens do começo da competição, só o FC Porto conseguiu perturbar seriamente o Benfica.
Percebeu-se, há dias, no Dragão, que a nova temporada já comporta uma outra realidade.
Há mais Benfica, há menos FC Porto.
Há mais e melhores condições para que o Benfica supere o seu principal opositor.
A atmosfera no Universo "Encarnado" é positiva.
Desenvolve-se em crescendo. Ainda assim, importa perceber que no Futebol indígena existem ainda muitos factores extra-competitivos (resquícios de um passado recente trágico) que podem inquinar a competição.
Redobrar a vigilância é o que se exige.
Somente isso? Mais ainda, o reforço do apoio incondicional à equipa.
Aos dirigentes, aos técnicos, aos jogadores.
Um Benfica unido, sobretudo este Benfica, dotado de um planteI de inegável categoria, só pode ser batido por duas razões: incompetência ou distracção.
Excluída a primeira, reforcem-se as sentinelas e o triunfo, esse, como que vai aparecer ao dobrar da esquina.»
- João Malheiro, jornal O Benfica, 30 de Setembro 2011
1 comentário:
é uma boa opiniao de facto.
dá um cheirinho de como sao as coisas neste futebol corrupto.
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